Chuva Ácida
A verdade é que a chuva já é naturalmente ácida devido à presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Com um pH em torno de 5,4, a chuva comum não traz nenhum prejuízo ao homem ou à natureza. Isso porque, a acidez é baixa. (A escala utilizada para medir o pH vai de 0 a 14, sendo que 7 é o pH neutro. Acima disso, é básico e abaixo é ácido. Quanto mais baixo, mais ácido.) O problema, é que com a queima de combustíveis fósseis
Robert Angus Smith (climatologista inglês) foi quem usou pela primeira vez o termo “chuva ácida”, em 1872, ao presenciar o fenômeno em Manchester (Inglaterra) no início da revolução industrial
A chuva ácida ocorre quando existe na atmosfera um número muito grande de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5) que, quando em contato com o hidrogênio em forma de vapor, formam ácidos como o ácido nítrico (HNO3), ou o ácido sulfúrico (H2SO4).
Estima-se, embora não haja dados concretos, que o fenômeno da chuva ácida tenha surgido com a Revolução Industrial e a crescente queima de combustíveis fósseis.
A chuva ácida também causa a acidificação do solo tornando-o improdutivo e mais suscetível à erosão. A acidez do solo, inclusive, é um dos principais fatores para a diminuição da cobertura vegetal em diversos países. Estudos recentes publicados pelo WWF apontam que a chuva ácida já um dos principais responsáveis pelo desmatamento na Mata Atlântica.
Para o homem o acúmulo de dióxido de enxofre no organismo pode levar à formação de ácidos no corpo humano causando até danos irreversíveis aos pulmões. Na Inglaterra, em 1952, na cidade de Londres, cerca de 4000 pessoas morreram por causa da emissão de dióxido de enxofre pela queima de carvão nas indústrias e nas casas. O pior de tudo é que nem sempre a chuva ácida cai sobre a local onde foi feita a emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. Como essas substâncias estão em forma de gás, elas podem ser transportadas pelo vento por quilômetros de distância antes de cair na forma de chuva.
Agrotóxicos
Estes produtos foram desenvolvidos durante a Primeira Guerra Mundial e extremamente utilizados na Segunda Guerra Mundial, como arma química. Após o término da guerra, estes passaram a ser usados como defensivo agrícola.

No período pós-guerra, os vencedores programavam uma ampliação dos seus negócios, partindo das indústrias que se desenvolveram durante a guerra, sendo encontranda dentre elas, a indústria química. Havia fome na Europa, surgindo então a “revolução verde”, que tinha como objetivo fomentar a agricultura, resultando na produção de alimentos.
Os agrotóxicos são divididos em dois grupos: inseticidas e herbicidas. O primeiro subdivide-se em três amplos grupos, que são os organoclorados, os organofosforados e carbamatos e as piretrinas. Já os grupos mais importantes dos herbicidas são Paraquat, clorofenoxois e dinitrofenóis.
Os organoclorados são os agrotóxicos que persistem por mais tempo no ambiente, chegando a permanecer por um período de 30 anos. A absorção desse agente se dá pela mucosa oral, respiratória e pele, alcançando o sistema nervoso central e periférico. Estes são responsáveis por causar câncer e, por esse motivo, seu uso foi eliminado em diversos países.
Os organofosforados e carbamatos são inseticidas amplamente utilizados na atualidade e também apresenta absorção pela via oral, respiratória e dérmica. Estes agrotóxicos são responsáveis por levar a problemas funcionais da musculatura do corpo, cérebro e glândulas.
As piretrinas podem ser inseticidas naturais ou artificiais. Não servem para a agricultura, pois são instáveis à luz. Sua utilização se restringe ao ambiente doméstico na forma de spray, espirais ou em tabletes que se dissolvem quando aquecidos. São substâncias que podem desencadear crises alérgicas.
Os herbicidas Paraquat oferecem risco altamente elevado. Este herbicida mata todos os tipos de plantas e pode causar lesões renais e fibrose pulmonar irreversível.
Intoxicação por Agrotóxicos
Uma pesquisa feita pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 12 países latino-americanos, revelou que o envenenamento por produtos químicos, especialmente o chumbo e os pesticidas, simbolizam cerca de 15% de todas as doenças profissionais notificadas.Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) assegura que apenas 1/6 dos acidentes são oficialmente registrados e que, aproximadamente, 70% dos casos acontece em países em desenvolvimento, com os organofosforados representando 70% das intoxicações agudas.
Os agrotóxicos têm feito vítimas fatais, além de provocar aborto, malformação fetal, suicídios, câncer, dermatose, entre outras doenças. De acordo com a OMS, ocorrem 20.000 óbitos/ano devido à manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Fiscalização
No ano de 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou o programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), visando monitorar o comprimento da legislação sobre o nível permitido de resíduos agrotóxicos nos alimentos, o uso de quais produtos é permitido em cada colheita, e garantir que produtos como frutas, verduras e legumes cheguem à mesa do consumidor brasileiro com qualidade e segurança.Em casos de uso de agrotóxicos acima do permitido pela ANVISA, os órgãos responsáveis pelas áreas da agricultura e meio ambiente, são acionados para rastrear e solucionar o problema. As medidas tomadas em relação aos produtores são de orientação para utilização de boas práticas agrícolas.
Desmatamento químico na Amazônia
O desmatamento químico é conhecido desde os tempos da Guerra do Vietnã
Para escapar da apreensão de motosserras, da prisão e da fiscalização na Amazônia Legal
Na Amazônia Legal, o lançamento de agrotóxicos e óleo mineral é feito por aviões pulverizadores, os mesmos utilizados em plantações; os agrotóxico jogados na floresta esbranquecem as árvores, poluem o solo e os lençóis d’água; em uma semana, as folhas caem, deixando galhos e troncos nus; madeireiros extraem as madeiras de valor com motosserras; por fim, o terreno é limpo pelas queimadas
Estão envenenando a floresta amazônica para baratear e agilizar o processo de desmatamento na região. Pior do que a motosserra, tradicional vilã do desmatamento, a devastação química implica na geração de problemas ambientais irreversíveis, além da derrubada das árvores, essa nova modalidade de devastação mata as árvores de imediato, contamina os solos, as águas, mata animais e pessoas.
A prática não é recente, no ano de 1999, o Ibama já havia apreendido quatro toneladas de agrotóxicos que seriam utilizados para pulverizar e destruir florestas na região amazônica.
Em 2008, a instituição já havia flagrado uma área de cinco hectares, situada na região de São Francisco do Guaporé, destruída por herbicidas. Apesar da nova estratégia mais nociva, a devastação por motosserras, tratores e queimadas são mais comuns.
Educação Ambiental
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A educação ambiental está relacionada com as áreas de pesquisa, análise, apresentação e conscientização a respeito das necessidades e obrigações com o meio ambiente e com o aprofundamento do conhecimento sobre o mesmo. A educação ambiental visa preparar o ser humano para a preservação da natureza e para o uso sustentável de seus recursos.
As questões referentes à poluição desencadeada pelo avanço da indústria no mundo, ao consumismo, ao aquecimento global, às catástrofes naturais e à extinção da fauna e flora têm sido temas centrais na estrutura da pedagogia ambiental e ampliado a necessidade de sua inserção em escolas, faculdades, mesas de discussão, organizações não-governamentais e empresas.
Sabemos, que numa sociedade, a escola é considerada o centro de formação humano e profissional do cidadão e, ao lado da família e dos meios de comunicação compartilha a responsabilidade de desenvolver as habilidades e o acesso à informação. Em tempos de sociedade moderna, ampliar as possibilidades de acesso digital à informação ambiental e os canais de sua disseminação tem sido um compromisso da educação ambiental.
Especialistas a defendem como um processo transversal por estar presente em todas as matérias do ano letivo dos estudantes e por desenvolver assuntos que estão presentes nas empresas, nas instituições e na realidade comum a todos. Visa disseminar, por um processo pedagógico interativo, a busca pelo entendimento dos mecanismos naturais presentes no meio ambiente, bem como a importância das espécies e o tipo de relação que devemos ter com o meio.
Visa também ampliar a visão crítica e realista a respeito dos problemas e desafios ambientais na possibilidade de estudar e sugerir soluções. No Brasil, a educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999, referida pelo N° 9.795.
Além do aprendizado às questões, visa desenvolver a conscientização do cidadão perante o meio ambiente, não somente como um espectador , mas como um ser inserido no ciclo ecológico e comprometido com a sua preservação. Nesse paradigma, torna-se possível superar a visão antropocêntrica e centralizadora que o ser humano construiu em seu ritmo industrializador e progressivo em massa nos últimos tempos, na qual afirma-se errôneamente, que o progresso parte da destruição das regiões naturais ainda inexploráveis.
A educação ambiental é subdivida como “formal” e “informal”. A formal é um processo aplicado nas instituições de ensino seguindo uma estrutura pedagógica. A informal, é aquela realizada e absorvida fora das unidades escolares e acadêmicas, cujo mensagem e público-alvo pode ser de intensidade e concetração, respectivamente, variável.
Sabemos, que numa sociedade, a escola é considerada o centro de formação humano e profissional do cidadão e, ao lado da família e dos meios de comunicação compartilha a responsabilidade de desenvolver as habilidades e o acesso à informação. Em tempos de sociedade moderna, ampliar as possibilidades de acesso digital à informação ambiental e os canais de sua disseminação tem sido um compromisso da educação ambiental.
Visa também ampliar a visão crítica e realista a respeito dos problemas e desafios ambientais na possibilidade de estudar e sugerir soluções. No Brasil, a educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999, referida pelo N° 9.795.
Além do aprendizado às questões, visa desenvolver a conscientização do cidadão perante o meio ambiente, não somente como um espectador , mas como um ser inserido no ciclo ecológico e comprometido com a sua preservação. Nesse paradigma, torna-se possível superar a visão antropocêntrica e centralizadora que o ser humano construiu em seu ritmo industrializador e progressivo em massa nos últimos tempos, na qual afirma-se errôneamente, que o progresso parte da destruição das regiões naturais ainda inexploráveis.
A educação ambiental é subdivida como “formal” e “informal”. A formal é um processo aplicado nas instituições de ensino seguindo uma estrutura pedagógica. A informal, é aquela realizada e absorvida fora das unidades escolares e acadêmicas, cujo mensagem e público-alvo pode ser de intensidade e concetração, respectivamente, variável.
Reserva Biológica
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A reserva biológica é uma das modalidades de Unidades de Conservação instituídas pela Lei N.º 9.985, de 18 de julho de 2000 (conhecida como lei do “SNUC” – Sistema Nacional de Unidades de Conservação).
Segundo esta mesma lei, as reservas biológicas são unidades de proteção integral, ou seja, é proibido o uso direto de seus recursos naturais (como mineração, extração de lenha, etc.), exceto em casos previstos na lei como em pesquisa científica, quando esta for previamente autorizada pelo órgão responsável pela administração da reserva biológica e a atividade estiver prevista em regulamento próprio.
O Artigo 10 da Lei do SNUC define a reserva biológica como sendo uma área de preservação com o objetivo de preservação “…integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.”
A reserva biológica é criada através de ato do poder público, sendo de domínio e propriedade pública e, se necessário, as áreas de seu entorno podem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. Assim como as outras unidades de conservação, exceto RPPN e APA (Reserva Particular do Patrimônio Natural e Área de Proteção Ambiental, respectivamente), a reserva biológica deve possuir uma zona de amortecimento que terá suas atividades econômicas restringidas de acordo com o que dispuser a legislação específica.
Ao todo, temos 40 reservas biológicas espalhadas pelas regiões norte (oito), sul (sete), sudeste (dezesseis), nordeste (oito) e centro-oeste (uma).
Segundo esta mesma lei, as reservas biológicas são unidades de proteção integral, ou seja, é proibido o uso direto de seus recursos naturais
O Artigo 10 da Lei do SNUC define a reserva biológica como sendo uma área de preservação com o objetivo de preservação “…integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.”
Ao todo, temos 40 reservas biológicas espalhadas pelas regiões norte (oito), sul (sete), sudeste (dezesseis), nordeste (oito) e centro-oeste (uma).
Lixo eletrônico no Brasil
| Por Fernando Rebouças |

A grande preocupação da ONU é como os países emergentes conseguirão lidar com esse crescente material descartado. Segundo o Pnuma, os países que poderão mais sofrer são México, Índia, China e Brasil, que terão sérios problemas ambientais e de saúde pública se não souberem reaproveitar, reutilizar e reciclar equipamentos e insumos de componentes eletrônicos.
Os números publicados pela ONU indicam que o Brasil descarta 96,8 mil toneladas métricas de PCs; a China descarta 300 mil toneladas, mas por pessoa o Brasil supera a China por descartar meio quilo de lixo eletrônico per capita, enquanto que a China, onde a população é bem maior, o descarte per capita de PCs é de 0,23 quilos.
TRANSGÊNICOS
TRANSGÊNICOS - A controversa interferência na genética da natureza Matéria publicada no Informativo n° 31 - maio / junho de 2000 Texto de Jaqueline B. Ramos* e Pedro Alvarez Sanmatin** Fontes: Crea-RJ, Idec e Greenpeace | |||||||||||||||||||||
Do outro lado estão os ambientalistas e a corrente de cientistas que não concordam com esses argumentos e ainda acusam a indústria patrocinadora dos transgênicos de não ter providenciado testes suficientes para comprovar, ou não, os possíveis perigos causados pela manipulação genética dos alimentos na saúde das pessoas e no meio ambiente (veja o quadro “Os 10 maiores perigos”) e de não orientar os consumidores sobre os cuidados a serem tomados. Um dos avanços em relação aos acordos sobre OGMs foi alcançado somente no final do ano passado, quando a Organização Mundial do Comércio assinou o Protocolo de Biossegurança em Montreal, Canadá. Esse documento define a disciplina do comércio internacional de produtos transgênicos, exigindo de alguns países provas suficientes sobre a segurança para o meio ambiente e para a saúde humana. Até então, a produção de transgênicos não seguia essas regras. Os Estados Unidos são líderes na produção de OGMs Tanta controvérsia não impediu que os alimentos transgênicos começassem a ser produzidos em escala comercial nos Estados Unidos, líderes mundiais em OGMs, na Europa e em outros países do primeiro mundo. Os americanos cultivam plantas geneticamente modificadas desde 1994 e estima-se que, nos próximos cinco anos, suas exportações sejam compostas de 100% de transgênicos ou de produtos combinados a eles. Na Europa o quadro é um pouco diferente. Segundo pesquisas realizadas por órgãos de saúde em 1997, 80% dos consumidores europeus se mostravam temerosos em relação aos alimentos transgênicos e exigiam que eles fossem rotulados, de forma a dar ao comprador o direito de escolha entre um OGM e um produto normal. Hoje a União Européia rotula os produtos transgênicos e patrocina constantes pesquisas e testes. No Brasil, a discussão gira principalmente em torno da soja transgênica resistente ao Roundup, um poderoso herbicida que mata qualquer planta. Tanto o Roundup como a soja RR (Roundup Ready), que resiste ao veneno pela inserção de três genes encontrados em algas e bactérias, são produzidos pela empresa multinacional Monsanto, uma das detentoras da tecnologia no mundo, ao lado da Novartis, da Agrevo e outras. Impasse jurídico no Brasil A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, deu, em 1998, parecer favorável à produção e comercialização da soja RR. Além disso, a Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) apoia o uso dos OGMs e investe em pesquisas de alimentos modificados. No entanto, a resolução da comissão esbarra em muitos protestos por parte dos ambientalistas, de alguns governos locais e de instituições, o que gera um impasse jurídico em torno da questão dos transgênicos. O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o Greenpeace e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, por exemplo, defendem a aprovação de um projeto no Senado Federal que institui a rotulagem e a proibição de alimentos geneticamente modificados por cinco anos, período em que seriam efetuados testes e experiências sobre os reais impactos dos OGMs. Já os estados do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso do Sul lideram a corrente contra os transgênicos e estabeleceram leis internas que os mantêm como áreas livres de transgênicos (OGM free). O impasse jurídico continua e o Ministério da Saúde ainda não teve condições de dar à Monsanto o registro para que comece a produzir a soja transgênica. As pressões já fizeram com que o Ministério da Justiça instituisse uma regulamentação que determina a necessidade de discriminação no rótulo dos transgênicos. Ao mesmo tempo, campanhas de esclarecimento para a população estão sendo empreendidas por ambientalistas e ONGs. Os transgênicos no Brasil
Como funciona a modificação genética dos alimentos
Os números dos transgênicos 2,5 bilhões é o número de pessoas que consomem, direta ou indiretamente, alimentos transgênicos no mundo. 283 mil quilômetros quadrados são hoje ocupados no planeta por plantações de transgênicos, uma área equivalente ao Estado do Rio Grande do Sul. Quatro são as principais culturas transgênicas: soja, milho, canola e batata. 60 porcento dos alimentos industrializados produzidos nos Estados Unidos contêm algum tipo de transgênico em sua composição. Seis são os países que mais produzem transgênicos no mundo: Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, China e Austrália. 1983 foi o ano em que foi criada a primeira planta transgênica: um tabaco resistente a antibiótico. 22,3 milhões de hectares é a área no mundo onde estão sendo plantadas as sementes genéticas da Monsanto. Vocabulário útil para entender os transgênicos Alimentos geneticamente modificados: são alimentos compostos contendo organismos geneticamente modificados ou derivados destes. São criados em laboratórios com a utilização de genes de espécies diferentes de animais, vegetais ou micróbios. Biotecnologia: controle de funções biológicas com a finalidade de interferir nos processos vitais dos seres vivos com o objetivo de melhorar, modificar ou desenvolver certos produtos. Cultivares: são as sementes melhoradas criadas em laboratórios que podem ser patenteadas e se tornarem propriedades de empresas petroquímicas-biotecnológicas. DNA/RNA recombinante: são moléculas de material genético manipuladas fora das células vivas mediante modificação de segmentos de DNA/RNA, naturais ou sintéticos, que possam se multiplicar em uma célula viva. Ou ainda, as moléculas de DNA/RNA resultantes desta manipulação. Engenharia genética: atividade de manipulação de moléculas DNA/RNA recombinante. Gene inseticida: gene introduzido na planta para que ela passe a produzir substâncias de resistência a seus insetos predadores. Modificação genética: técnicas de DNA recombinante. Consiste na introdução direta de material hereditário de uma espécie em um outro organismo de espécie diferente, tendo como resultado a formação de novas células ou novas combinações genéticas, que, de outra forma, não ocorreriam naturalmente. Monsanto: multinacional que detém o direito de produção do herbicida Roundup e da soja transgênica resistente a ele (soja RR). Objetiva entrar no mercado brasileiro vendendo seus produtos para agricultores e encontra resistência de ambientalistas e instituições de defesa do consumidor. É a maior produtora de herbicidas do mundo. Organismos geneticamente modificados (OGMs): organismos que tenham sido alterados geneticamente por métodos e meios que não ocorrem naturalmente. * Jaqueline B. Ramos é jornalista especializada em meio ambiente com pós-graduação em planejamento ambiental. ** Pedro Alvarez Sanmartin é biólogo e consultor ambiental. |
O que são transgênicos Ultimamente, com o avanço da engenharia genética, vários estudos e trabalhos científicos tem demonstrado avanços significativos na manipulação de material genético de plantas e outros seres vivos. Alvos de discussões sobre suas vantagens e desvantagens, a ciência dos transgênicos está em pleno desenvolvimento. Ambientalistas acusam os alimentos transgênicos de causar impactos irreversíveis ao meio ambiente. Os alimentos transgênicos são modificados geneticamente em laboratórios com o objetivo de conseguir melhorar a qualidade do produto. Os genes de plantas e animais são manipulados e muitas vezes combinados. Os organismos geneticamente modificados, depois da fase laboratorial, são implantados na agricultura ou na pecuária. Vários países estão adotando este método como forma de aumentar a produção e diminuir seus custos. Através da modificação genética, técnicas que incluem DNA recombinante, introdução direta em um ser vivo de material hereditário de outra espécie, incluindo micro-injeção, micro-encapsulação, fusão celular e técnicas de hibridização com criação de novas células ou combinações genéticas diferenciadas, ou seja, que não encontramos na natureza. Na agricultura, por exemplo, uma técnica muito utilizada é a introdução de gene inseticida em plantas. Desta forma consegue-se que a própria planta possa produzir resistências a determinadas doenças da lavoura. A Engenharia Genética tem conseguido muitos avanços na manipulação de DNA e RNA. A biotecnologia aplica essas técnicas também na produção de alimentos. A engenharia genética tem usado e pesquisado determinados métodos de produção de tecidos e órgãos humanos. Até mesmo seres vivos tem surgido destas pesquisas. O caso mais conhecido foi da ovelha Dolly. A técnica da clonagem foi utilizada gerando um novo ser vivo. | ||
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